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quarta-feira, 15 de julho de 2009

SKATALITES arrepiam na lona da Lapa



Um show memorável que vai ficar pra história! Uma verdadeira aula de ska pra jamaicano nenhum botar defeito, e o melhor, pra você escutar quantas vezes quiser! A resenha completa do show você encontra aqui, as fotos aqui e as músicas você pode salvar nos links abaixo:


quinta-feira, 19 de março de 2009

THE CULT faz do Circo seu templo



Noite de gala para o rock alternativo

No dia 13 de outubro de 2008, em plena segunda-feira, aconteceu no Circo Voador o tão esperado show de uma das bandas mais importantes e pioneiras do rock alternativo mundial, The Cult.






A banda apresentou seu novo disco “Born into This” em um show enxuto, de 1h15 e agradou tanto os fãs mais antigos quanto os novos fiéis. A falta de simpatia do vocalista Ian Astbury fazia contra-ponto com a animação do guitarrista Billy Duff, que se não foi muito mais simpático do que o parceiro co-fundador da banda, encantou a todos os presentes com uma performance impecável. Com diversos clássicos no repertório, os destaques ficaram para as 5 primeiras músicas: Lil' Devil; Rain; Sweet Soul Sister; Spiritwalker e Edie (ciao baby) que empolgaram a platéia, seguidas por canções do último álbum. Voltaram ao palco para o bis e fecharam o show com a mais pedida: “She sells sanctuary”.



O público deu um show a parte cantando em coro todas as músicas e marcando bela presença, mesmo sendo segunda-feira numa cidade considerada menos rockeira do que outras praças do país. Segundo a comunidade no Orkut de fãs de todo Brasil, o show do rio no Circo Voador foi considerado o melhor de todos dessa turnê. Tinha que ser!

fotos: Betinho

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

JUSTICE da França para Lapa

Rio de Janeiro, Circo Voador, sexta-feira 26/09/2008



O show do duo francês Justice, atração principal da noite, só foi começar efetivamente na primeira hora do dia 27. Mas vamos começar pelas bordas.

A noite de música - que não demorou muito para se tornar madrugada - começou com o Mixhell. Nome desconhecido para muitos, mas que conta com um dos mais famosos músicos brasileiros: Iggor Cavalera. Iggor, por sua vez, conta com a sua esposa e excelente DJ/produtora Laima Leyton e, juntos, fazem uma mistura da dançante música eletrônica com o som quente e pesado da bateria. Mixhell… um show para se guardar na memória e conferir de perto sempre que possível. A apresentação surpreendeu a maior parte do público, inclusive a esse moribundo que lhes escreve nesse exato momento.




Proporcionalmente à troca de Cavalera entre bateria e sintetizadores, a sonoridade do DJ set de abertura esquentava e esfriava. Enquanto a bateria esteve ativa, o Mixhell mostrou à seu [novo] público um electro-metal pouco comum mas demasiadamente conveniente. Já quando os laços matrimoniais uniam o sorridente casal na mesa de som, o resultado era extremamente variado. Até o funk carioca e o hype MGMT chegou ao duo, que incluiu Kids em seu set.

A tenda - que é como a de um circo de verdade - começou a encher depois da meia-noite, conforme os equipamentos do Justice apareciam no palco. O público, que até então estava muito disperso, deu início a um tumulto enquanto as vinte e quatro caixas de som iam sendo armazenadas ao lado da incandescente cruz justiceira, símbolo que virou a logomarca do álbum Cross, único do grupo.

Gaspard Augé e Xavier de Rosnay (vulgos Justice) só deram o ar de sua graça quando a madrugada já havia começado, repetindo o que disse no início desse texto. Quem estava com a cara no palco (expressão que aqui também vale no sentido literal, já que o Circo Voador não tem o corredor de divisão entre o palco e a pista) mal pôde reparar a chegada dos rapazes por trás de suas altas parafernálias, e logo tratou de arrumar um espaço um pouco mais atrás, onde se tinha uma melhor visão do palco.




Era previsível que Genesis abriria o setlist, mas a sensação que se tem quando isso de fato acontece não é nada óbvia. Euforia, insanidade e muito, mas muito prazer. Entretanto, um dos momentos de pico do show só viria mais tarde, sucedendo Phantom, quando pode-se ouvir a primeira ordem que mandava, expressamente, que todos fizessem A dança. Em uma versão prolongada, remixada e não-inédita pra quem já consultava o YouTube ou sites de Torrent para amenizar a ansiedade pré-show, D.A.N.C.E. deu início a uma sequência fenomenal que se manteria até os últimos minutos do pré-bis, passando por DVNO, Stress, Waters of Nazareth, remixes de remexer o esqueleto (como os de The Fallen e Skitzo Dancer, originalmente do Franz Ferdinand e Scenario Rock) e fazendo as pessoas menos animadas e de mais idade do mezanino deixarem o espírito da electromusic dominar seus corpos.

The Party (ou TTHHEE PPAARRTTYY) não ficou de fora, obviamente, e ganhou mais glitter em sua sonoridade do que na sua versão de estúdio, aquela que foi lançada em 2007, no †. (Falando em glitter, alguém reparou no quão IN está o Glam? Não acharia estranho se o Ziggy Stardust brotasse no meio da platéia…) We Are Your Friends marcou o segundo ápice de todo o show, que teria atingido um estado de pico ainda mais alto se não fosse pelo desgaste do povo, que deu [quase] tudo de si nas músicas anteriores. A cruz, no centro do palco, apagava e acendia conforme o som mandava. O coro do público dedicado - e esgoelado - ficou ainda mais assustador quando nada mais do que o silêncio saia do palco do Justice, num período de forte integração entre os anônimos da pista e os ídolos franceses do palco. Esse, inclusive, foi o único momento da madrugada em que integração foi sinônimo de cantoria. Na maior parte do duradouro e proveitoso setlist francês, a comunicação banda-público foi feita exclusivamente com o uso de gestos (os da cruz, por exemplo) pelo mais solto e bigodudo Gaspard. Quem esperava pouco feedback da parte de Xavier, se surpreendeu - e muito. O show terminou com o mais novo dando sua cabeça para as pessoas mais adiantadas fizessem praticamente o que quisessem com ela - felizmente, elas se limitaram ao toque. Ainda mais cedo, o rapaz se deixou abraçar enquanto passava-se por uma estátua, e divertiu-se ajudando o segurança local a empurrar o público invasor para seu devido lugar.


D.A.N.C.E.

No bis, que foi pedido com pouca animação, veio uma versão mais calma de We Are Your Friends, que dessa vez foi tocada apenas com o auxílio de um teclado - logo, sem aquele sample super legal de Klaxons. E, fechando com chave de ouro a passagem do duo pela cidade maravilhosa, vieram dois remixes imperdíveis: O primeiro, da menos conhecida NY Excuse (Soulwax), se rendeu ao low-fi com o plus de uma percussão dominante. Em seguida, o que veio foi Master Of Puppets, do Metallica, remixada com um conhecido “Let’s get this party started right”, que agradou os metaleiros e criou até uma daquelas rodas de socos e empurra-empurra, marca oficial de shows de heavy metal.

A banda havia ido embora sob uma grotesca ovação, e uma parte daqueles que pagaram merecidos 80 reais para conferir um pedacinho da França de perto já havia ido embora quando o The Twelves, que foi promovida de banda de abertura à banda de despedida, entrou no palco. Pouca luz, equipamento mais do que básico: Isso talvez importasse, se os rapazes de Niterói não fossem tão bons no que fazem. Logo nos primeiros minutos de sua apresentação, o Twelves conquistou um bom público, que acabou por adiar a volta para casa para conferir o que o terceiro duo da rodada tinha para oferecer à madrugada carioca de electro.




Logo no início do set saiu um remix de Reckoner, do Radiohead, das caixas de som do Circo. Não era nem o início. Quem achou que o Justice traiu o movimento [Daft] Punk por excluir o remix de Human After All de seu setlist, sentiu-se mais do que satisfeito ao ouvir Voyager, Around The World, Revolution 909 e Digital Love enquanto o 12s fechava a madrugada. A voz relaxada do Black Kid Owen Holmes não ficou de fora, e a batida remixada do hit I’m Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You fez a galera exausta continuar de pé. Enquanto eu fazia uma visita ao mezanino, avistei um bocado de gente agradecendo e elogiando aos montes os talentosos niteroienses. Digno.

Autor: Alex Correa
Fonte: http://movethatjukebox.com/2008/09/28/mixhell-justice-the_twelves-rio/

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

BUZZCOCKS Explode a Lona da Lapa

Segunda - 30 de Abril 2007
BUZZCOCKS
CARBONA
Abertura: Lambrusco Kids




A noite de véspera do dia do trabalhador foi uma legítima festa punk no Circo. No palco, do Buzzcocks descarregaram mais de 30 anos de bagagem punk em um show inesquecível. Os coroas, que já passaram de meio século de vida, esbanjaram vitalidade e desfiaram vários dos seus clássicos: Love You More, Autonomy, Noise Annoys, Why Can't I Touch It... todas sem pausa, no melhor estilo punkrock onetwothreefour!

Na platéia, ou melhor, no meio da roda de pogo, uma mistureba que incluía velhos punks já pelos 40, moleques que queriam saber de onde seus NX Zero e CPM22 vinham e mais uma galera que não fazia idéia do que iria encontrar, mas aproveitaram a véspera do feriado pra assistir a mais um dos shows que só o Circo mesmo poderia trazer. Formado em 1975, na Universidade de Bolton, na Inglaterra, os Buzzcocks (“jovens barulhentos” ou ainda “pirocas barulhentas” numa tradução um pouco menos conservadora) se inspiraram nos contemporâneos Sex Pistols para criar sua banda.



Sua marca registrada era agregar melodias pop às guitarras cruas do punk em temáticas menos políticas e mais fanfarronas que a média das bandas da época. Tal estilo, influenciou diretamente bandas como Green Day, Pixies e toda a geração EMO, tão popular hoje em dia.






A abertura da casa ficou por conta de Carbona e Lambrusco Kids. O Carbona é carioca e tem nas letras irônicas e inocentes sua base. Ao longo de 7 anos de estrada, a banda lançou 7 discos e já fez mais de 250 apresentações por todo o Brasil. O Lambrusco Kids é de São Paulo e tirou seu nome de uma música do Toy Dolls. Na estrada desde 99, a banda tem no currículo shows na Inglaterra em lugares como o Dove & Rainbow e no festival Wasted, além de apresentações que contaram com a participação de integrantes do Toy Dolls, Agnostic Front e UK Subs.

Texto: Leandro Ravaglia
Fotos: Miriam Roia

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Circo Voador, Lapa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, América do Sul, Terra, Via Láctea.

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